domingo, 23 de outubro de 2011

Lion fish


Nome científico: Pterois volitans
Nomes comuns: Lionfish, Peixe Leão, Turkeyfish, Butterfly Cod
Família: Scorpaenidae
Tamanho mínimo do aquário: 100-250 L
Tamanho máximo do peixe: 38 cm
Ph: 8 a 9
Densidade: 1.023 a 1.014
Temperatura: 24ºC a 28ºC
Habitat original: Atlântico e Caribe
Circulação da água: Fraca

Agressividade: No aquário, é um peixe bastante calmo e desde que bem alimentado, não demonstra agressividade. Deve ser colocado com peixes também calmos e de porte não muito menor que ele.
Alimentação: Deve ser alimentado com alimentos vivos, como guppies, ou outros peixes pequenos, minhocas pequenas, larvas de tenébrio, etc. Aceitam pedaços de carne de ostras, mexilhões, etc, mas não deve ficar sem alimentos vivos.



   Os Lionfish também são chamados de peixe escorpião, por causa de seus espinhos venenosos. Apesar de sua aparência e seus espinhos os Lions são pacíficos com peixes do seu tamanho, resistentes a doenças e podem ser recomendados até para iniciantes em aquário marinho.


   Por ser muito bonito, o peixe-leão é muito procurado por aquaristas do mundo todo. Marrom-avermelhado com listas brancas, apresenta nadadeiras longas com raios afilados e glândulas que contêm veneno em grande quantidade. É necessário cautela em seu manejo, pois um peixe adulto pode matar uma pessoa. Além disso, é um predador voraz, que consome qualquer peixe menor que ele. O lionfish, como é mais conhecido, adora peixes-palhaço, donzelas, gramma real, e qualquer peixe que caiba em sua avantajada boca. É muito interessante observar o animal alimentando-se, pois é um caçador nato; quando encontra sua presa, cerca-a e realiza quase que um hipnotismo. Permanece imóvel, do ponto de vista da presa, mas pode-se observar intensa atividade da nadadeira caudal, usada no impulso mortal quando abocanha a vítima. 


   Sua traquéia é toda revestida de espinhos, o que providencia uma morte rápida para a vítima até a chegada ao estômago. Em geral, ataca a vítima de frente, mas pode também pegá-la por trás, durante uma tentativa de fuga. Quando adulto, sem inflar as nadadeiras, o peixe-leão mede até 38 centímetros.

   É um dos mais venenosos entre os animais marinhos, e para piorar a situação, o peixe-leão não tem predadores no Atlântico, o que facilita sua reprodução e povoamento de novas áreas. Proveniente do Índico e do Pacífico e Mar Vermelho, o peixe-leão possui características únicas e inesquecíveis.


   O peixe tem espinhos na nadadeira dorsal alongada e alargados na barbatanas peitorais, e cada espécie tem um padrão específico de zebra, como listras. Uma pessoa perfurada por um dos espinhos afiados imediatamente sentem dor forte. Inchaço rápido da área do corpo afetada o que desenvolve uma impossibilidade de fazer movimentos dos membros. Pode também causar náuseas e dificuldade em respirar, paralisia, convulsões e colapso. Até mesmo a morte pode ocorrer em circunstâncias excepcionais. A maioria das pessoas sobrevivem, apesar da grande dor. O veneno nos espinhos permanece ativo por dias, então espinhos mesmo descartados devem ser tratados com cautela. Podem levar vários meses para uma recuperação completa e se a picada não for tratada, pode desenvolver gangrena.




   O peixe-leão (Pterois volitans), nativo dos oceanos Pacífico e Índico, tornou-se uma ameaça à biodiversidade marinha da costa da América do Sul. Atrativo pelas suas cores brilhantes e barbatanas diferenciadas, chegou ao outro lado do mundo e, com seu apetite voraz, engole as presas inteiras. Como se alimenta de vários peixes menores, causa desequilíbrio no ecossistema e pode, inclusive, gerar a extinção de outras espécies.


   Este animal invasor, de cerca de 38 cm, tem um estômago que pode se expandir até 30 vezes o volume inicial. Além de comer muitos peixes, a espécie se reproduz facilmente e não tem predadores neste local.




   Quando alguma espécie é inserida em um habitat diferente do seu, é chamada de exótica invasora, pois prejudica a biodiversidade local. O intenso fluxo de bens e pessoas, decorrente da globalização, é o grande responsável por esta transferência de espécies. Turistas e colecionadores que trazem "lembranças" de outros habitats quando viajam, ou o deslocamento não intencional; podem trazer espécies invasoras, que causam grandes prejuízos para os ambientes naturais, além de danos à economia do espaço afetado.

   De acordo com Sílvia Ziller, Diretora Executiva do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental e Diretora para a América Latina do Programa Global de Espécies Invasoras (GISP), as espécies exóticas invasoras já representam a segunda causa de perda da biodiversidade do planeta - atrás apenas da destruição provocada pela ação humana. Só no Brasil, mais de 380 espécies invasoras foram identificadas e catalogadas pelo Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental.


   A introdução do peixe-leão na costa sul-americana representa uma séria ameaça à fauna local de peixes e invertebrados de que se alimenta e um risco para a o equilíbrio dos ecossistemas marinhos na região. Há estudos que mostram que, quando pequeno, este peixe se alimenta de pequenos crustáceos e, à medida que cresce, passa a se alimentar de peixes.


   Além disso, a substância tóxica que pode ser liberada pelo contato com os espinhos das barbatanas dos peixes-leão, torna a espécie um risco para a saúde pública, já que banhistas e pescadores desavisados podem ser atingidos. 

   Acredita-se que as primeiras espécies de peixe-leão tenham chegado à América do Sul em função da passagem do furacão Andrew, na Flórida, Estados Unidos. Entre 1999 e 2010 a espécie invadiu o mar do Caribe, o Golfo do México, o litoral da Costa Rica e do Panamá, a costa da Colômbia e, mais recentemente, a costa da Venezuela. Teme-se que a invasão prossiga e chegue à costa brasileira, inicialmente no Amapá.


   Ações de controle da espécie têm sido desenvolvidas ao longo dos diferentes países da região onde a presença do peixe-leão existe. Pensar sobre a erradicação total parece improvável, e alguns esforços nesse sentido podem ser extremamente caros e poucos práticos.


   No Caribe e nas Bahamas a caça com arpões está sendo praticada como forma de reduzir a população. Embora tenha veneno, o peixe-leão não foge dos predadores, nem mesmo do homem, o que permite aos mergulhadores chegar bem próximo com o arpão e matá-lo com facilidade. É preciso remover os peixes, mas sem contato direto. Informar as pessoas sobre o perigo em tocar os peixes também é importante.


   Segundo Sílvia Ziller, deve haver divulgação dos perigos associados à invasão do peixe-leão. As toxinas do peixe podem causar ferimentos graves, por isso, não devem ser pegos com as mãos. "É preciso que os pescadores do Amapá e do Pará, ao menos, estejam conscientizados sobre isso para evitarmos acidentes caso a espécie chegue ao Brasil", completa.


   Não há medida preventiva que evite a chegada da espécie, mas esclarecer as populações sobre a necessidade da remoção da espécie é fundamental. Vale lembrar que a carne do peixe-leão pode ser consumida após a caça.

6 comentários:

  1. boa noite, gostei muito do blog. queria saber como adquirir um desse e se dar trabalho cuidar e quanto custa?

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  2. O valor de um peixe-leão varia, por tamanho, por tipo e lugar onde comprar. O Peterois volitans, por exemplo, com uns 20cm custa em media uns 800,00. Mas como descrevi antes, o preço pode variar...

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  3. Onde acho pra comprar?.
    giacomoprado@gmail.com
    Quem tiver pra venda por favor me chame sou de Limeira sp

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  4. Gostaria de saber se o Lion FISH , pode atacar algum peixe de aquário com seus espinhos ou algum peixe esbarrar nele , tenho um Grama Loretto que está morrendo no meu aquário existe esta possibilidade de o Lion ferir algum peixe ou não , apenas para consumo , o meu ainda é pequeno aguardo

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